A menor de todas as sementes torna-se a maior de todas as plantas
Na primeira leitura, o profeta Ezequiel, profeta da esperança, demonstra ao Povo de Deus que apesar de toda a adversidade – pois o povo está no exílio da Babilónia – Deus não os abandonou. O profeta sublinha a presença de Deus na história da humanidade. Ele preside à história humana, tem um projeto de salvação e conduz sempre a caminhada dos Homens de acordo com o seu plano.
Na segunda leitura, Paulo, recorda à comunidade de Corinto que enquanto vivemos neste mundo, “vivemos como exilados, longe do Senhor”. Mas isso não implica que o cristão se desleixe, pelo contrário, o cristão, enquanto habita este corpo, tem por missão colocar-se ao serviço de Deus e do seu plano de Salvação, até ao dia em que se encontrar face a face com Deus.
No Evangelho, Jesus fala-nos em parábolas e compara o Reino de Deus a uma semente que no primeiro caso é lançada à terra pelo semeador e no segundo ela é a menor de todas as sementes, mas cresce e torna-se a maior de todas as plantas da horta. Através destas parábolas Jesus demonstra-nos a fecundidade e a força, aparentemente invisível da frágil semente. E quando pensamos que nada acontece, no silêncio da noite, Deus vai atuando e o Seu Reino que está presente entre nós, germina e cresce.
Poderemos compreender melhor estas parábolas se recordarmos as palavras de São Paulo: “Eu plantei. Apolo regou. Mas foi Deus que fez crescer. Nem o que planta nem o que rega são coisa alguma. Mas Deus, que faz crescer”.
Assim sendo, os que continuam a missão de Jesus, anunciando a Palavra (lançando a semente), não devem preocupar-se com a forma como ela cresce e se desenvolve. Devem, apenas, confiar na eficácia da Palavra anunciada.