Na primeira leitura encontramos o relato da vocação do “Servo” de Deus. Este relato é o exemplo claro de todo a vocação profética. Todo o profeta é chamado por Deus, “desde o seio materno”, com a missão de anunciar a Palavra de Deus a todos os Homens. Através dele, Deus dirige-nos as suas propostas e propõe aos Homens um caminho que os leva a viver em relação com Deus. Essa Palavra de Deus que sai da boca do profeta não é palavra humana, mas Palavra de Deus; é por isso que o profeta afirma que Deus tornou a sua boca como “uma espada afiada”, ou uma “uma seta penetrante”. O profeta tem a certeza que, apesar de todos obstáculos que encontra ao longo da missão, Deus o protege e o recompensa. Deus fará dele “a luz das nações” para que a salvação chegue até aos confins da terra.
Na segunda leitura, retirada dos Actos dos Apóstolos, Paulo fala-nos de João Batista, o profeta escolhido por Deus, que prepara o povo para a vinda de Jesus proclamando um batismo de penitência. João Batista avisa o povo que ele não é o messias, mas Ele virá e quando vier, o profeta não se sentirá digno de lhe desatar a correia das sandálias.
No Evangelho segundo São Lucas, saboreamos todos os encantos do nascimento de João Batista e concluímos que João é um homem de Deus, que tem uma missão muito própria e torna-se um sinal da presença de Deus no meio do seu Povo. João Batista é o profeta escolhido por Deus, da qual a vida tem origem em Deus, cuja vocação só faz sentido à luz de Deus, o alimento é o próprio Deus e cujas palavras são palavras de Deus.
A exemplo de São João Batista tornemo-nos Homens de Deus, profetas do nosso tempo, da qual a vida é marcada pelo amor de Deus.